terça-feira, 1 de julho de 2008

Cajuí - Anacardium Nanum


Diversas espécies de cajuí ocorrem no Brasil, sendo o A. microcarpum a espécie que mais apresenta características semelhantes às do cajueiro comum (A. occidentale). Segundo Cavalcante (1996), o cajuí é uma árvore que mede de 25-30 m de altura, tronco reto, de 50-90 cm de diâmetro, casca espessa e copa bastante larga. O pedúnculo frutífero (pseudofruto), de 5-7 cm por 4-5 cm, é carnoso-sucoso, sendo que o fruto verdadeiro (castanha) é muito pequeno em relação ao pseudofruto. Os pedúnculos florais são pequenos, intragáveis, pois são muito ácidos, apenas doces quando bem maduros, tendo a casca muito rica em tanino.
A região Meio-Norte brasileira tem, nos seus recursos naturais, uma grande oportunidade para o desenvolvimento de sua economia, através da exploração de seus vários ecossistemas, sendo o cajuí uma das espécies nativas desse ambiente com potencial para gerar emprego e renda, especialmente na agroindústria rural familiar.
O cajuí pode ser consumido “in natura”, separando-se o suco da polpa. O suco é utilizado em refrescos e bebidas, e a polpa é usada para a fabricação de compotas e doces (Almeida,1998).
Desta forma, o presente trabalho foi planejado e conduzido com o objetivo principal de fazer a caracterização física e química do fruto e pseudofruto de genótipos de cajuí oriundos de diferentes ecossistemas da região Meio-Norte do Brasil.

CLIMAO regime pluviométrico mais adequado para a exploração racional do cajueiro é a faixa entre 800 a 1.500 mm anuais, distribuídos de cinco a sete meses, apesar de a planta tolerar valores situados tanto abaixo como acima deste intervalo.A faixa de umidade relativa do ar mais apropriada para a cultura situa-se entre 70 e 80%. O cajueiro, uma planta de clima tropical, exige para seu desenvolvimento regime de altas temperaturas, sendo a média de 27ºC a mais apropriada para o cultivo. Em regiões onde se registram ventos freqüentes, com velocidade superior a 7m/seg, é aconselhável o emprego de quebra-ventos.--> O cajueiro pode ser cultivado em qualquer classe de solo. Preferencialmente, são utilizados solos com textura arenosa ou franco arenosa, relevo plano ou suave ondulado, não sujeitos a encharcamento, sem camadas impermeáveis e de profundidade nunca inferior a 1,5 m.Preparo do terrenoO terreno deve estar desmatado, destocado e livre de raízes, principalmente na área ao redor do local onde vai ser preparada a cova; isto assegura um ambiente livre de concorrência com as plantas daninhas. Recomenda-se, antes da abertura das covas, a coleta de amostra de solo para análise química para fins de fertilidade. As operações de aração e gradagem devem ser realizadas de modo a evitar a pulverização do solo, por um lado, e compactação por outro. A profundidade de aração é de 30 cm enquanto a da gradagem é de cerca de 20 cm. Nestas operações são comuns a incorporação do calcário: metade da quantidade recomendada antes da aração e a outra metade antes da gradagem. Em solos compactados pode-se utilizar a subsolagem. Caso isto seja necessário, a operação deverá ser executada apenas na faixa onde serão abertas as covas.Marcação da área e coveamentoEscolhido o espaçamento, inicia-se a marcação da área utilizando-se piquetes nos locais onde serão abertas as covas, alinhados por meio de corda de náilon, com ajuda de fita métrica, para alinhamento das plantas no espaçamento definido. Em terrenos com declividade, as linhas devem ser demarcadas em nível e riscadas com o auxílio de um pequeno sulcador, obedecendo ao espaçamento recomendado.Recomenda-se a abertura de covas de 40 x 40 x 40 cm para solos de textura arenosa ou franco arenosa e 50 x 50 x 50 cm para os de textura argilosa, distanciadas de 7 x 7 m ou 8 x 6 m. Se o solo apresentar uma camada endurecida no perfil, é necessária a abertura de covas de maiores dimensões. Em regiões com incidência de cupins, é recomendável que a cova permaneça aberta por pelo menos 15 dias para solarização.

Cajueiro - Anacardium occidentale


Sua altura é de 5-10m, com tronco tortuoso de 25-40cm de diâmetro; em solos argilosos de boa fertilidade pode atingir até 20m de altura. Possui folhas glabras, de cor rósea quando jovens, de 8-14cm de comprimento por 6-8cm de largura. O pedúnculo super desenvolvido e suculento é geralmente confundido com o fruto, quando na verdade a castanha afixada àquele, é o verdadeiro fruto. Floresce a partir do mês de junho, prolongando-se até novembro.Os frutos amadurecem nos meses de setembro até janeiro.
As flores do cajueiro são masculinas e hermafroditas situadas na mesma inflorescência; as masculinas abrem-se às 06:00 horas (até as 16:00 horas) e as hermafroditas às 10:00 horas (até as 12:00 horas). A receptividade do órgão reprodutor feminino existe desde 24 horas antes até as 48 horas depois da abertura da flor. A polinização é predominantemente cruzada. A frutificação dá-se na época seca decorrendo 60-65 dias da floração à frutificação completa.
O fruto do cajueiro – a castanha – é um aquenio reniforme constituído pelo pericarpo – formado pelo epicarpo, mesocarpo (que contém o LCC) e o endocarpo – e pela amêndoa (que abriga o embrião) comestível, de cor branca (crua), contendo óleo. O LCC é uma resina líquida (cáustica).
Clima: planta exige altas temperaturas para seu desenvolvimento mas é bastante sensível ao frio e as geadas. A temperatura média anual deve estar em torno de 27ºC (24ºC e 28ºC) com limites entre 22ºC e 32ºC. Temperaturas baixas afetam negativamente a floração e a frutificação.
Chuvas requeridas entre 800 mm e 1600 mm distribuídos por 5 a 7 meses do ciclo com estação seca para floração/polinização do cajueiro.
Altitudes de até 600 m acima do nível do mar para explorações comerciais, umidade relativa do ar entre 70% e 80%; umidade acima de 80% na floração/frutificação promove incidência de doenças fúngicas que reduzem a produção.
Os ventos favorecem a polinização mas nunca devem estar a velocidades acima de 7m/seg pois provocam queda das flores e tombamento de plantas jovens.
- Solos: devem ser profundos, bem drenados, com boa reserva de nutrientes, pH entre 5,5 e 6,5, areno-argilosos (argila 15-35%), sem toxidez por sais solúveis; relevo plano a ligeiramente ondulado (declividade até 8%), solos pouco suscetíveis à erosão que permitam a mecanização. Evitar cultivo em solos compactos, pesados e mal-drenados, com lençol freático elevado e em solos rasos.